Alergia alimentar

Recentemente descobrimos uma alergia alimentar no Bernardo (4 meses). Aliás, várias!! Meu bebê é alérgico a proteína do leite de vaca, soja, carne, ovo e glúten.

Desde a dúvida até a certeza da alergia, mergulhei de cabeça nesse mundo para entender bem como funciona e poder privar meu filhote de qualquer mal que a alergia pudesse causar.

A alergia alimentar é uma resposta exagerada do sistema imunológico relacionada ao consumo de determinado(s) alimento(s). As reações são as mais variadas possíveis, com sintomas que podem atingir:

• Sistema Gastrointestinal: cólicas, vômito, diarréia, hematoquesia, constipação, gases, colite, náuseas.
• Sistema Respiratório: corrimento respiratório, espirros, tosse, asma, congestão, bronquite, coceiras, sintomas de gripe;
• Olhos: olhos lacrimejantes, olhos vermelhos, círculos escuros, coceira, conjuntivite;
• Pele: eczema, dermatite, urticária, vermelhidão, vermelhidão no reto, coceira, inchamento dos lábios, boca, linha e garganta;

Em alguns casos, pode haver o comprometimento de vários órgãos (reação anafilática). Nos casos mais graves os sintomas aparecem logo após o contato com o alimento alérgeno, em outros podem levar até dias para surgir.

Muitos alimentos podem causar alergia, porém, cerca de 90% das alergias alimentares são causadas pelos seguintes alérgenos:

• Ovo;
• Leite;
• amendoim;
• Soja;
• Trigo;
• Oleaginosas;
• Peixes e
• Crustáceos.

Intolerância X APLV (alergia ao leite de vaca)

Essas duas patologias são frequentemente confundidas por ter um alimento causador em comum, o leite! Mas são bem diferentes e ambas necessitam acompanhamento médico e nutricional.

A Intolerância à lactose ocorre quando o organismo não produz ou produz pouca quantidade da enzima lactose, responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite). A falta dessa enzima favorece o acúmulo da lactose no intestino, ocorrendo a fermentação por bactérias. Pode ser genética ou surgir em outras situações.

A Alergia à proteína do leite de vaca ocorre pela presença de algumas proteínas do leite que são identificadas pelo nosso sistema imunológico como um agente agressor desencadeando vários sintomas desagradáveis. Ocorre mais agressivamente nos primeiros meses de vida, em bebês menores de 6 meses. Os sintomas tendem a diminuir com o passar dos anos.

Diagnosticada a alergia alimentar, é necessário que se inicie rapidamente o tratamento correto. Na intolerância, é necessário excluir ou ingerir baixa quantidade de alimentos que contenham lactose. já na alergia, é excluída a ingestão de qualquer alimento que tenha proteína do leite ou derivados.

O alérgico em contato com a substância alérgeno pode ter graves consequências e até um choque anafilático.

É de suma importância a leitura correta dos rótulos. Muitas vezes, a informação NÃO vem de forma clara no rótulo do alimento pelo uso de denominação pouco acessível. Sem falar que nem sempre se alerta para a possibilidade de contaminação cruzada no processo de produção, podendo conter traços de alérgenos apesar do produto não ter tal substância em sua formulação.

Se tratando de alimentos industrializados e altamente processados, é importante que o consumidor consiga identificar, por exemplo, que caseinato de sódio e fosfato de lactoalbumina são proteínas do leite de vaca e podem afetar pessoas com APLV.

Decifrando os rótulos

Listas de ingredientes para identificar se há substâncias alergênicas “escondidas” nos rótulo, tenha sempre em mãos.

Cartilha da alergia alimentar, #POENOROTULO.

Baixe aqui!